
“O ódio não vai de férias”, diz hoje a manchete de um jornal dos Estados Unidos da América, The Trentonian. Outros diários de inúmeros países também o testemunham nas suas primeiras páginas. Os instigadores do ódio têm aumentado, pelo que é imperioso que se multipliquem os que defendem a concórdia.
Combater os discursos e as políticas de diabolização de minorias é, para a Amnistia Internacional, um dos seis combates essenciais do próximo decénio no domínio dos direitos humanos.
A organização não-governamental afirma que há responsáveis políticos de todos os continentes que, em vez de enfrentar os verdadeiros problemas, como as desigualdades, a corrupção, o desemprego e as dificuldades económicas, fazem dos grupos minoritários os bodes-expiatórios dos males sociais e económicos.
Os mais frágeis são as vítimas da difusão de falsas informações e da incitação à discriminação, à hostilidade e à violência. O pior é que as redes sociais têm permitido que este ódio se multiplique, escapando praticamente a todo o controlo, assinala a Amnistia Internacional, acrescentando que a luta contra a discriminação, a hostilidade e a violência mobiliza também os que em todo o mundo militam em defesa dos direitos humanos. O combate contra o ódio não pode abrandar.