Devemos a Serge Tisseron, psi­canal­ista e psiquia­tra infantil, um conjunto de boas recomendações para os pais e os professores que não desejam subcontratar os ecrãs para educarem os filhos e os alunos. Explicou ele que, “do mesmo modo que existem regras para a introdução dos lacticínios, dos legumes e da carne na alimentação de uma criança, também é possível conceber uma dieta de ecrãs, para aprender a usá-los correctamente, tal como aprendemos a alimentar-nos bem”. Ou seja, para começar, os ecrãs devem ser introduzidos no momento e no lugar certos. E as escolas não serão o lugar certo e as refeições também não serão o momento certo.
No livro 3-6-9-12. Computadores, telemóveis e tablets – Como crescer e progredir com eles, publicado em Portugal pela Gradiva em 2015, Serge Tisseron prescreve um conjunto de regras muito simples que vale a pena recordar: os menores de três anos não devem olhar para quaisquer ecrãs, os menores de seis anos não devem ter videojogos, os menores de nove anos não devem aceder à Internet. A partir dos 12 anos, poderão fazê-lo, mas com acompanhamento parental.
Parecerá esquisito, mas educar pode, por vezes, não dispensar algumas restrições.

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