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O imperador da língua portuguesa”. O título foi usado na quinta-feira pelo diário francês Le Figaro para classificar Mia Couto. A última página da mais recente edição do suplemento literário do jornal é dedicada ao escritor moçambicano e à sua obra mais recentemente publicada em França, As areias do Imperador, a “trilogia moçambicana” Mulheres de cinza, A espada e a azagaia e O bebedor de horizontes.
O jornalista Sébastien Lapaque recorda que “imperador da língua portuguesa” era como Fernando Pessoa qualificava o padre António Vieira. Agora, segundo o diário francês, é a Mia Couto que o título se adequa.
O jornalista considera que, com dez milhões de habitantes, Portugal representa uma pequena parcela na “imensa lusofonia” de 220 milhões de homens e de mulheres. Sébastien Lapaque destaca a importância do Brasil, de África, de Goa “e mesmo” de Timor, de onde “se fazem ouvir as vozes que defendem e ilustram o esplendor do português”. É por isso que o jornalista vaticina que o próximo Nobel concedido à literatura lusófona poderá distinguir um escritor africano. Mia Couto é, evidentemente, apresentado um sério candidato.

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