Sara Cortez*
O acesso rápido e livre à informação pode ser um bem magnífico. Contudo, tudo pode ser usado para o bem e para o mal: há que saber fazer a seleção.
Em primeiro lugar, os riscos da internet livre são evitáveis. Escolher motores de busca seguros e websites confiáveis é a chave para tal. Por exemplo, não podemos confiar cegamente no Google. É um sistema que analisa tudo o que está na imensurável base de dados da internet, e também os nossos dados pessoais, para saber o que mostrar a cada um. As fake news e os click baits existem, com os seus títulos muitíssimo apelativos. Os hackers e os vírus informáticos também. Para não falar dos cookies, que quando os aceitamos, permitem aos sites oferecerem-nos publicidade personalizada de acordo com os nossos dados. Todavia, naquilo que representa, o Google é maravilhoso. Com apenas umas palavras, temos acesso a quinhentas mil vezes mais informação do que aquela que consigo absorver.
Seguidamente, as redes sociais vieram dar a todos uma voz. Cada um diz aquilo que quiser, quaisquer que sejam as suas intenções. As redes sociais têm, por isso, o poder para influenciar mentalidades de várias formas. Um exemplo prático é o efeito que podem ter na autoestima de alguém, especialmente quando se trata de um adolescente. As pessoas acabam muitas vezes por se compararem umas às outras, segundo determinados padrões, e encontram defeitos em si mesmas, o que prejudica o seu bem-estar. Diversos estudos comprovam que muitas depressões na adolescência resultam destas comparações. Do mesmo modo, como muitas vezes acontece, podem servir como meio de insultar e ofender outras pessoas. No entanto, também podem ser usadas para o bem, conectam-nos mais uns aos outros e permitem-nos estar mais a par do mundo atual.
Em suma, a internet não pode ser vista como inteiramente má. Desde que nasci é uma constante na minha vida, já a influenciou muito, e noto que o que ficou realmente comigo foram as suas coisas positivas. Porém, devemos sempre proteger-nos, saber onde procurar a informação e como queremos viver com ela.
*Aluna de Canto do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. Frequenta o 11.º ano de escolaridade.