Somos, é sabido, consumidores acríticos de novas tecnologias. Tudo o que nos é apresentado como uma imperdível novidade é facilmente aceite sem uma razoável ponderação de eventuais efeitos perversos. Esta circunstância seria razão bastante para chamar a atenção para os movimentos que se têm vindo a opor à quinta geração das telecomunicações móveis (5G) com razões que merecem ser conhecidas e discutidas.
No próximo sábado, dia 25, realizam-se em várias cidades europeias e americanas manifestações para travar o 5G. Os promotores desta iniciativa global afirmam que “o 5G desejado pelos industriais das telecomunicações e do digital e promovido pelos nossos governos é uma ameaça injustificável à nossa saúde e à de todos os seres vivos”. O 5G, além disso, “contraria uma política ecologicamente responsável e os objetivos exibidos pela União Europeia e pelos signatários do acordo COP21 em 2015 na luta contra o aquecimento global” e “também não respeita o acordo sobre a protecção da biodiversidade assinado por 190 países em 2010”.
Vários movimentos, como o canadiano Stoppons la 5G e o belga Collectif pour l’arrêt du déploiement de la 5G, por exemplo, apresentam argumentos contra a quinta geração das telecomunicações móveis que justificam reflexão e debate.