


Apresenta-se como o único jornal brasileiro para crianças e jovens; tem uma edição impressa, publicada quinzenalmente durante o tempo de aulas (de Fevereiro a Junho e de Agosto a Novembro, segundo o calendário escolar do Brasil), e uma edição online, com actualização diária; nasceu em 2011 e chama-se Joca. Pretende “reduzir a desigualdade por meio do acesso aos media e à informação, bem como pela garantia de espaço para participação no debate público” e é um magnífico exemplo para Portugal, onde não há qualquer jornal impresso para os mais novos e onde os jornais de difusão nacional não têm sequer, como tantas vezes tiveram, espaços dedicados a crianças ou a jovens.
Entre todos os méritos do Joca, deve sublinhar-se a circunstância de não descurar a literacia mediática. Sabrina Generali, gerente de marketing do jornal, revela à Página 23 que, no próximo ano, em Fevereiro, o Joca oferecerá um conjunto de materiais de educação para os media, com sugestões de actividades para os professores usarem nas salas de aulas. Com três níveis de complexidade, correspondentes aos níveis que os professores julguem mais adequados aos alunos, esses materiais contemplarão quatro eixos: jornalismo e informação, media sociais, publicidade e produção de media.
O Joca tem a missão explícita de levar às escolas e às famílias brasileiras recursos que facultem um apoio à formação de crianças e jovens do século XXI, colaborando para que se tornem cidadãos críticos e activos, que lutem pelos seus direitos, cumpram os seus deveres e disponham das ferramentas necessárias para construir um futuro melhor para a sociedade.
Os valores que conduzem o trabalho do jornal ditam a “produção de conteúdo actualizado e de excelência”; o “estímulo ao protagonismo da criança e do jovem; o “respeito pelos Direitos da Criança”; o “desenvolvimento do gosto pela leitura e do hábito de ler”; a “liberdade de imprensa, a pluralidade de opiniões e a responsabilidade social”; o “suporte para educadores, pais e responsáveis pela formação de jovens leitores”; e a “experiência de qualidade para clientes, parceiros e leitores”.
Inspirado nas publicações europeias do género, o Joca, que é publicado pela Editora Magia de Ler, “nasceu para suprir uma deficiência no mercado editorial brasileiro: a inexistência de um jornal exclusivamente para esse público”.
Sabrina Generali anuncia que o próximo ano trará um Joca reformulado graficamente. Ficamos a aguardar.