O editorial da chefe de redacção do semanário Courrier International, Claire Carrard, testemunha, na edição de 3 a 9 de Outubro, um enfático apreço por Portugal, graças à circunstância de o nosso país ser “um ‘paraíso fiscal’ ensolarado, aberto aos outros, pouco inclinado ao populismo”. São qualidades que tornam Portugal objecto de inveja, assinala a jornalista. “De Lisboa ao Porto, da arte de rua à música electrónica, o país seduz os criadores (e a nós também)”.
São “boas razões” que justificam que o país ocupe a quase totalidade da primeira página do jornal. As alternativas teriam sido Donald Trump, que enfrenta um processo de destituição, a morte de Jacques Chirac ou Boris Johnson, que nunca pára de se atolar no Brexit. Manter a primeira página sobre Portugal “é também uma maneira de nos diferenciarmos”, escreve Claire Carrard. Acrescenta ela que, “neste período ansiogénico, Portugal parece uma lufada de ar fresco – mesmo que não se deva acreditar que lá [cá] tudo é mais fácil”.
O editorial tem um post-scriptum para referir que a afeição que o semanário tem por Portugal se traduzirá no apoio ao concerto de Dino D’Santiago e de Branko, um dos fundadores dos Buraka Som Sistema, agendado para a noite de 1 de Novembro em Paris, no âmbito do Festival Les Muses Héliconiennes, que conta com a parceria do Courrier International.
O texto principal do dossier de seis páginas sobre “Portugal, o novo Eldorado” foi publicado no Financial Times no dia 8 de Agosto.

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